Análise IPCA de março - Blog A CRÍTICA
×
Logo SimpleAds

"Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados." (Millôr Fernandes)

Post Top Ad

domingo, 13 de abril de 2025

demo-image

Análise IPCA de março

mail?url=https%3A%2F%2Fs2504.imxsnd111
Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos (fonte: divulgação Warren)


CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O IPCA de março registrou uma alta de 0,56%, acima da nossa projeção de 0,50% e da mediana do mercado, de 0,54%. Em 12 meses o índice acumula uma alta de 5,48%, acelerando de 5,06% em fevereiro.


Avaliamos que a leitura não foi ruim, com os núcleos de serviços, serviços subjacentes e intensivos em trabalho vindo ligeiramente abaixo da prévia de março. Apesar disso, os serviços avançaram na métrica de média móvel de três meses dessazonalizada e anualizada, indo para próximo de 7%, enquanto os subjacentes permaneceram praticamente estáveis na mesma métrica e os intensivos em trabalho recuaram de 6,72% para 6,55%. Um ponto a destacar é que não vemos uma reaceleração do nível dos serviços subjacentes, que atualmente é bem alto. Os serviços intensivos em trabalho parecem estar com o mesmo comportamento observado em 2024, que, se concretizado, pode fazer com que o grupo encerre o ano abaixo de 6%.


A surpresa altista ficou concentrada no reajuste em telecomunicações da Vivo, com o grupo de Comunicação do IPCA vindo em 0,24%, ante a nossa projeção de -0,17%. O item de plano de telefonia móvel, que captura esses reajustes, veio mais forte em todas as capitais, com o IBGE computando uma alta de 1% em relação ao IPCA de fevereiro para cada uma, saindo de 0,5% para 1,5%.


Alimentação no geral veio mais forte, com destaque para os alimentos no domicílio (+3 bps), mais especificamente os subgrupos de Tubérculos, raízes e legumes, Frutas e Leite e derivados. Vale ressaltar a queda relevante das carnes, que vieram em -1,60%. O item de cinema também nos surpreendeu para cima, apesar de que já esperávamos uma alta considerável (7,76% vs. 6,35% projetado), devido a devolução da promoção da Semana do Cinema ocorrida em fevereiro.


Do lado baixista, podemos destacar a queda acima de 1% do item de ônibus urbano (-1,09%), que contemplou o reajuste de queda nas tarifas em Porto Alegre desde o início de abril, a tarifa promocional aos domingos e feriados em Curitiba e a decretação de tarifa zero aos domingos e feriados em Brasília a partir de 1º de março, neste último caso também válida para o metrô.


Os bens industriais vieram mais fortes, principalmente o item de automóvel novo. Na mesma linha, os aparelhos eletroeletrônicos registraram alta nesta leitura, com destaque para eletrodomésticos e equipamentos.


Não tivemos alterações relevantes nas projeções de curto prazo, que estão em 0,45% para o IPCA de abril e 0,32% para o de maio. Em relação ao ano de 2025, projetamos uma inflação de 5,5%, com riscos predominantemente baixistas em alimentação (carnes/arroba do boi @330), bens industriais (impacto menor do câmbio) e gasolina (reajuste de queda da Petrobras). Para 2026, vemos IPCA em torno de 4.5%, com risco altista (câmbio mais depreciado, reforma do IR e crédito consignado).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Bottom Ad

Pages

publicidade
publicidade